Reencontros emocionantes
Foi com o disparo de alertas que Billy pôde ser localizado
Por Fátima ChuEcco
Quando tinha um ano de idade, Billy, da cidade de Londrina, no Paraná, sacudiu o bairro onde morava ao pular de dentro do carro e sumir feito um raio. A fotógrafa Analu Vazzi, tutora de Billy, sabia do comportamento astuto do jovem cãozinho, mas não imaginava que fosse tão difícil encontrá-lo caso fugisse.
“Desde pequeno o Billy sempre foi muito sapeca com uma inteligência impressionante de modo que só faltava falar. Ele tem a teimosia do beagle, o jeito arteiro do fox e creio que pensa ser um pit bull. Ele é a mistura disso tudo e por isso dizemos que ele é terrível, mas no bom sentido porque é assim que ele nos traz muita alegria”, conta.
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Tanta energia foi posta à prova no dia em que Billy conseguiu escapar:
“Meu pai estacionou na frente da escola do meu filho e Billy teve a audácia de escapar pela janela do carro. Saiu correndo, foi atropelado e continuou correndo sumindo da vista. Eu e meu pai percorremos toda a região atrás dele. Imediatamente também soltei post no Facebook”.
A preocupação de Analu se justificava pelo fato de Billy não conhecer a área onde a escola ficava: “Ele já tinha fugido do apartamento da minha mãe, no 17º andar de um prédio. Desceu as escadas sem medo nenhum e foi parar na rua, mas voltou sozinho porque conhecia as redondezas. Já nessa outra fuga meu coração apertou porque além de não conhecer o local, o atropelamento, segundo testemunhas, foi feio e ele podia estar ferido”.
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Deixando Billy “famoso”
Durante uma semana Analu e familiares procuraram por Billy sem sucesso. Foi então que ela contratou o serviço de disparo de alertas da AlertPet: “Logo comecei a receber várias notificações de pessoas que o tinham avistado. Às vezes saía duas a três vezes por dia para checar esses locais. O alerta teve muita visualização, então foi incrível. No entanto, quando a gente chegava nos locais ele já não estava mais lá”.
Totalmente desolada, Analu fez uma postagem que preocupou até mesmo a administração do Facebook: “Escrevi que estava muito triste e desistindo de tudo. O Facebook interpretou como um risco de suicídio sem saber que eu me referia à busca do Billy e me enviou mensagem privada oferecendo ajuda. Então apaguei a mensagem”.
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Logo depois veio a boa notícia: uma garota tinha identificado Billy em sua garagem por meio do post da AlertPet. Ela contratou uma pessoa acostumada a resgates de animais para não deixar Billy escapar e o levou para o veterinário porque percebeu que ele estava com um ferimento grave na coxa.
“Foi tudo muito rápido. Quando cheguei na clínica veterinária já sabiam que o cachorro era o meu Billy. Antes mesmo de terminarem o curativo na perna dele eu já estava lá aguardando pela liberação de meu cãozinho”, conclui a tutora.
Billy se recuperou por completo, continua brincalhão e arteiro, mas agora vive sob os olhos mais atentos de sua família humana. A felicidade em dose dupla como essa vivida por Billy e Analu, depois de um reencontro, é algo que todo tutor espera quando perde seu pet.
Por isso a importância de se agir rápido, tanto nas buscas a pé quanto no uso de ferramentas para avisar o maior número de pessoas sobre o desaparecimento de um cachorro ou gato, ou seja, é muito importante deixar o pet perdido bem “famoso” na região em que desapareceu.
Entenda porque os alertas ampliam as buscas por pets perdidos
Os alertas com as fotos e informações do animal têm uma grande vantagem: podem chegar a pessoas que você não conhece e nem alcança com os cartazes pela vizinhança e as postagens nas redes sociais.
Isso porque, além de cercarem de maneira mais abrangente os quarteirões perto de sua casa e até mesmo de seu bairro, os alertas atingem todo tipo de pessoas e não só os amantes de animais reunidos em grupos específicos das redes sociais. Os alertas podem cobrir até mesmo uma cidade inteira na hipótese de o pet ter ido parar longe.